02/11/2006

No Brasil, educação ainda rima com exclusão

04 de outubro de 2006

De acordo com o estudo “Brasil - O Estado de uma Nação”, realizado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada – Ipea em duas etapas (2205 e 2006, lançada em agosto), a educação, no Brasil, é marcada pela exclusão social. Somente 57% das pessoas que entram na escola conseguem concluir o ensino fundamental, e 37% chegam ao final do ensino médio.
E a maior parte das pessoas que não conseguem concluir os estudos pertecem aos segmentos mais pobres da população. Menos que 5% dos estudantes do ensino superior – a faculdade – vêm de comunidades de baixa renda. O estudo observa que o Sistema de Avaliação do Ensino Básico classificou a metade dos alunos da quarta série como incapazes de ler um texto relativamente simples. Todos esses dados são graves porque inidicam um círculo vicioso – a renda das pessoas e, em conseqüência, sua possibilidade de ascender socialmente, depende da qualidade da educação que ela recebeu. Isso ocorre, apesar da expansão do ensino básico e do crescimento no número de vagas no ensino superior. Apesar de continuar desigual, o ensino progrediu nas ofertas de vagas: o ensino fundamental está próximo da universalização e o número de estudantes universitários passou de 1,4 milhão, em 1980, para 4,2 milhões. O crescimento do número de vagas oferecidas foi de 64%, no setor privado, e de 56%, no setor público, mas ainda há uma demanda represada.

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