07/10/2007

ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA VISUAL

Muitos alunos com deficiência visual tendem a isolar-se, pois não se sentem confiantes para se locomover e participar de atividades em grupo. O mais importante, nesse caso, é promover o contato social. Primeiro, certifique-se de que, no início, o aluno terá monitoramento integral. Outros alunos podem ajudar nesse acompanhamento. Depois, retire-se aos poucos do cenário, à medida em que o portador de deficiência visual adquira confiança. Mas sempre fique atento a qualquer pedido de auxílio.
A deficiência visual pode se instalar gradativamente em qualquer pessoa. Por isso, esteja atento também a mudanças de comportamento de seus alunos.

Como detectar :Irritação constante dos olhos; Aproximação constante do papel junto ao rosto quando escreve ou lê; Dificuldade em ler e copiar o que está escrito no quadro-negro; Cabeça entortada para ler ou escrever, como se procurasse melhor ângulo para enxergar; Dificuldade de encaixes ou atividades que exijam boa coordenação dos olhos e das mão; Tropeços freqüentes por não enxergar pequenos obstáculos.
O que fazer : Entrar em contato com os pais para troca de informações.Posicionar melhor a criança em classe.Aplicar o teste de acuidade visual na sala (teste do E). Se houver algum problema, encaminhar para um serviço de oftalmologia, com um relatório de observação.

Como ajudar na sala de aula:Procure conhecer as possibilidades e os limites do aluno portador de deficiência visual, tanto de locomoção quanto de manipulação e utilização do espaço e dos objetos. A melhor fonte de informação é o próprio aluno. Mostre-se sempre prestativo ao notar que ele necessita de ajuda.



A melhor maneira de guiar o deficiente visual severo é oferecer-lhe o braço flexionado, de forma que ele possa segurar pelo cotovelo.Você ou algum colega de turma pode percorrer com o aluno os ambientes mais utilizados na escola, como a própria sala de aula, os banheiros, o pátio, a cantina. Descreva-os com detalhes e ajude-o na exploração tátil.Não mude com freqüência os móveis da sala de lugar. Se o fizer, não esqueça de avisá-lo sobre a nova configuração. Explore novamente o ambiente com ele, para que faça um novo reconhecimento tátil. Esteja atento para que haja espaço suficiente para locomoção, sem obstáculos físicos, que podem ser perigosos para qualquer aluno.Busque no grupo colegas que se disponham a ajudá-lo, sempre que precisar.O material didático deve ser composto de outras ferramentas que não somente o livro didático. Gravações do livro em fita cassete podem ser uma saída.Faça com que o aluno manipule os objetos de estudo. Junto com as explicações verbais, ele poderá construir seus próprios conceitos, incorporando-os aos seus conhecimentos.Deficientes visuais que têm visão parcial podem perceber cores fortes e contrastantes. Use-as para demarcar e sinalizar espaços, degraus e direções. Atividades de expressão corporal favorecem maior conhecimento e domínio do próprio corpo, dando-lhe confiança e facilidade de movimentação. Adote-as como rotina para toda a turma.Estimule, das mais diversas maneiras, o contato social deste aluno.
Solicite à Secretaria de Educação de seu Estado um kit (bengala, reglete e soroban), que vai ajudar o estudaSolicite nte a se locomover, escrever e fazer contas.

A bengala, um dos instrumentos mais úteis para o portador de deficiência visual, funciona como um rastreador de obstáculos. Ela é movimentada a milímetros do solo para detectar até mesmo as pequenas irregularidades.



A sabedoria chinesa do soroban, adaptado com um feltro no fundo para que as bolinhas não fiquem soltas, ajuda o portador de deficiência visual a fazer contas.

A reglete é uma espécie de gabarito para escrever em braile .O papel é colocado entre as láminas da reglete e um perfurador é usado para marcar o papel.










A escrita com a reglete é feita no sentido inverso, pois a leitura será feita na parte inferior do papel

Outro acessório do kit é o gabarito de escrita, que funciona muito bem para casos como o do preenchimento de um cheque

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